quarta-feira, 20 de junho de 2007

Digressão por Moçambique

A digressão pelo país, um mês e meio, do Presidente da República, Armando Guebuza, terminou com aplausos para algumas iniciativas de louvar e nem por isso para outras tantas faltas de iniciativas nas 11 províncias, face ao grau de cumprimento do programa quinquenal do Governo, centrado no combate à pobreza que afecta mais da metade da população moçambicana que é estimada em mais de 19 milhões, tendo concluído que a falta de iniciativa se deve ao facto «da falta de hábito do trabalho», e nos que «passam a vida a descansar até se cansarem de descansar». Surge assim a impaciência. «A impaciência das pessoas tem a ver com a pobreza. O pobre não pode esperar e um dos elementos que ilustra melhor esse aspecto é a fome. Quem tem fome não pode pensar». Por seu lado, o líder da oposição, acusa que «na digressão, Guebuza, fez-se acompanhar por seis helicópteros alugados a 2.000 dólares [1.500 euros] / hora (...), tendo feito pronunciamentos partidários à custa de impostos de todos nós».

sexta-feira, 15 de junho de 2007

Evolução do salário mínimo

O salário mínimo em Moçambique, remuneração mínima estipulada pelo governo para determinado número de horas trabalhadas, tem tido uma evolução que não acompanha as necessidades da população, na actual era da economia de mercado.

sexta-feira, 8 de junho de 2007

Ambiente "hostil"

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) sublinha no African Economic Outlook, no âmbito das "Perspectivas Económicas para África em 2007" que Moçambique tem un ambiente de negócios "hostil", devido a falta de concorrência nos serviços e a "conluios" entre os meios político e empresarial. "Apesar de alguns avanços", como a revisão do Código Comercial e do processo de criação de empresas, "a gestão empresarial e a ausência de concorrência coloca ainda graves problemas" à actividade privada. Na justiça "há falhas na resolução de diferendos comerciais e na protecção da propriedade intelectual". O "Estado está demasiado próximo das empresas, apesar do compromisso de combate à corrupção, nenhum caso importante chegou aos tribunais até a data". Sendo actualmente um dos maiores pólos de atracção de investimento estrangeiro em África, graças aos recursos naturais abundantes e um dos beneficiários da ajuda pública ao desenvolvimento espera-se que o rácio de endividamento externo de Moçambique caia este ano para os 20%, metade do registado em 2000.